domingo, 18 de março de 2007

O perigo da monocultura para o país

Estudo mostra que Etanol não é a panacéia universal

A expansão do plantio de cana-de-açúcar pode trazer riscos ambientais e econômicos de médio ou de longo prazo para a população brasileira. O alerta foi dado no 1º Simpósio Brasileiro de Mudanças Climáticas, em 11 de março, no Rio de Janeiro. A preocupação dos pesquisadores é que o Brasil volte a ser um país onde predomine a monocultura.
Na abertura do evento, o físico e professor Luiz Pinguelli Rosa, alertou sobre o predomínio da cana. “É bom que os países desenvolvidos passem a usar o etanol, no entanto, nós não podemos, mesmo pressionados pelo mercado, retornarmos a monocultura”. Afirmou o pesquisador da COPPE/UFRJ.
A preocupação dos pesquisadores diz respeito aos estudos de viabilidade para plantação de novos canaviais, que se concentram na região sul do Mato Grosso, na região do pantanal. Para o agroclimatólogo da Empresa de pesquisa agropecuária (EMBRAPA), Eduardo Assad, “O etanol é muito bom, mas pesquisas mostram que os países desenvolvidos estão avançando na técnica de células de hidrogênio. Portanto, poderemos perder mercado e ter-mos, ainda, uma região totalmente devastada”. O técnico vai além: “Na minha opinião, o melhor caminho é o biodiesel, onde poderemos aproveitar o grande conhecimento da população local no manejo dessas oleaginosas, como o girassol, dendê e o babaçu, gerando emprego e renda para população e diminuindo a dependência por essa matriz energética.” Afirmou o especialista.
Os pesquisadores também discutiram as alterações da temperatura no Brasil. Segundo Assad, que já estudou os impactos causados pela monocultura de arroz, milho e soja, o futuro é pessimista. “Um aumento de 1,8ºC a 5ºC até 2100 segundo estudo do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), o prejuízo seria de US$ 375 milhões no plantio de café, o que provocaria o fim dos cafeicultores em São Paulo, por exemplo.” E mais. “O sul se adapta, o problema é o que fazer com o nordeste.” Disse Assad.
Já são 15 centros de estudos da EMBRAPA pelo país e sete universidades pesquisando formas de genes mais resistentes ao calor, para produzir sementes capazes de tolerar altas temperaturas adaptando-se as variações climáticas.

Um comentário:

Anônimo disse...

eu acho um absurdo a barbaridade que setao fasendo em benefico da cana de açucar destruindo matas acabando com especies de animai como lambu rolinha tatu que nao vivem so em matas mas tambem nos canavias em virtude do desmatamento um usineiro ou emgenheiro causasse um dano ambiental como este deveria ambutar uma mao ou mu braço para ele sentir ador que ele causa a natureza quando é que vao criar leis para proibir as queimadas quando o mundo acar é ? vamos mover a economia mas sem danificar o meio ambiente