terça-feira, 27 de março de 2007

México quer surfar na onda do etanol

O México está disposto a conceder incentivos fiscais, facilitação na compra de terras e possibilidade de exportação para países que tem acordo de livre comércio. Tudo isso para que o Brasil invista na produção de etanol. A proposta é do presidente Vicente Calderón, a ser transmitida as autoridades brasileiras.
Os mexicanos, representados pela ministra de Minas e Energia, Georgina Kessel, da Economia, Eduardo Sojo e Relações Exteriores, Patrícia Espinosa têm como argumento o fato de que os Estados Unidos não vão acabar com a barreira imposta ao etanol brasileiro e assim, o Brasil, investindo no país caribenho, terá o mercado americano sem a barreira imposta que é de R$0,54 por galão.
Segundo um funcionário do governo mexicano, o Brasil só tem a ganhar com o acordo - Nossa proposta é bem mais concreta do que a assinada pelo presidente Lula e o Bush- disse a fonte. Por detrás de tamanha demonstração de amizade revela a urgência do México em entrar no mundo de energia renovável.
-Sem dúvida o etanol é o tema mais importante da nova agenda nos acordos bilaterais- disse a ministra Patrícia Espinosa
O consultor da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo, Alfred Szwarc, o empresariado está em estado de espera - a maioria das usinas no México são ultrapassadas, e a falta de segurança das instituições também é um agravante para viabilizar empreendimentos nesse país. No Brasil temos clima e tecnologia, por isso, é difícil sair daqui - disse o especialista.
No entanto o México insiste que, se não for firmado o acordo, os Estados Unidos poderão usar os países do Caribe, que tem acordo de livre comércio, como um importante centro importador de etanol.

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